
"Terrenos são como vinhos guardados na adega", diz CEO da Cota Real
Diante da escassez, áreas de alto potencial construtivo se tornam cada vez mais valiosas para investidores e family offices
28 de julho de 2025Mercado Imobiliário
Por Júlia Ribeiro
Os terrenos têm se consolidado como ativos altamente desejados por investidores institucionais e family offices nos últimos anos. Segundo Vitor Crestani, CEO da Cota Real, esse crescente interesse pode ser explicado por uma combinação de fatores estruturais e econômicos.
A premissa é que, ao adquirir um terreno, o investidor antecipa-se ao ciclo de valorização. Diferentemente da compra de um produto final, como apartamentos, a aquisição da área que dará origem ao empreendimento confere maior poder de negociação.
"São como vinhos guardados na adega: não estão disponíveis na prateleira, mas, quando corretamente escolhidos e cuidados, proporcionam os maiores retornos, com garantias em lastros imobiliários tangíveis", afirma Crestani em análise ao GRI Institute Brazil.
Fatores como o coeficiente de aproveitamento, a taxa de ocupação e a possibilidade de verticalização são fundamentais. A empresa prioriza terrenos que, além de estarem livres de complicações jurídicas, possuem alta demanda local e boa infraestrutura.
“A viabilidade do terreno é o que realmente faz a diferença. Um terreno ‘prime’ não é o mais caro, mas o mais viável, aquele que permitirá a multiplicação patrimonial com segurança”, explica.
O modelo de negócio adotado pela empresa envolve todas as fases do processo imobiliário, desde a prospecção até a comercialização dos ativos. Com foco em diligência jurídica e técnica, a empresa também oferece suporte pós-venda ao investidor. Por meio da Axiom, especializada em lançamentos imobiliários, a Cota Real garante a liquidez das unidades recebidas em permuta, assegurando a recuperação do capital conforme o prazo estipulado.
Além disso, a Cota Real transforma os terrenos adquiridos em ativos regulamentados pela CVM, permitindo sua negociação no mercado de capitais. Com um track record sólido de rentabilidade, suas cotas mezanino têm gerado retornos de CDI + 14%, proporcionando aos investidores uma alternativa robusta de alavancagem e segurança no mercado imobiliário.
“Não compramos apenas porque o terreno está barato, mas porque vemos um enorme potencial de valorização e já sabemos quem será o parceiro incorporador”, conta Crestani.
A urbanização, antes centrada na expansão horizontal, agora foca na requalificação de áreas centrais e no adensamento inteligente. Além disso, os investidores e incorporadoras estão cada vez mais atentos às questões ambientais e sociais, priorizando terrenos que permitam empreendimentos sustentáveis e integrados ao ambiente urbano.
Por fim, a mudança no perfil do comprador final também tem moldado a estratégia de alocação de grandes investidores. O novo comprador urbano busca mais do que um simples apartamento; ele quer uma experiência de vida, com localização estratégica e serviços integrados.
“Agora, os terrenos são tratados como ativos estruturantes de portfólios. Eles não são mais apenas uma reserva de valor passiva, mas a base para operações de alta alavancagem e controle de risco”, explica Crestani.
Quando se trata de estruturar investimentos, os desafios regulatórios e financeiros no Brasil são apontados como um obstáculo significativo. A fragmentação das normas urbanísticas e as complexas questões jurídicas associadas a essas áreas são pontos críticos. No entanto, Crestani acredita que esses obstáculos podem ser superados com uma abordagem técnica e disciplinada.
“No Brasil, há uma carência de produtos estruturados e auditados que atendam aos padrões exigidos pelos investidores institucionais. A chave para atrair capital institucional é garantir governança e previsibilidade”, conclui.
Os terrenos têm se consolidado como ativos altamente desejados por investidores institucionais e family offices nos últimos anos. Segundo Vitor Crestani, CEO da Cota Real, esse crescente interesse pode ser explicado por uma combinação de fatores estruturais e econômicos.
A premissa é que, ao adquirir um terreno, o investidor antecipa-se ao ciclo de valorização. Diferentemente da compra de um produto final, como apartamentos, a aquisição da área que dará origem ao empreendimento confere maior poder de negociação.
"São como vinhos guardados na adega: não estão disponíveis na prateleira, mas, quando corretamente escolhidos e cuidados, proporcionam os maiores retornos, com garantias em lastros imobiliários tangíveis", afirma Crestani em análise ao GRI Institute Brazil.
O conceito de terreno "prime"
A Cota Real tem uma abordagem bem definida sobre o que constitui um terreno “prime” para incorporação ou valorização futura. Para Crestani, não se trata apenas de localização nobre, mas da combinação de variáveis técnicas, jurídicas e estratégicas que potencializam a valorização do terreno.Fatores como o coeficiente de aproveitamento, a taxa de ocupação e a possibilidade de verticalização são fundamentais. A empresa prioriza terrenos que, além de estarem livres de complicações jurídicas, possuem alta demanda local e boa infraestrutura.
“A viabilidade do terreno é o que realmente faz a diferença. Um terreno ‘prime’ não é o mais caro, mas o mais viável, aquele que permitirá a multiplicação patrimonial com segurança”, explica.
O modelo de negócio adotado pela empresa envolve todas as fases do processo imobiliário, desde a prospecção até a comercialização dos ativos. Com foco em diligência jurídica e técnica, a empresa também oferece suporte pós-venda ao investidor. Por meio da Axiom, especializada em lançamentos imobiliários, a Cota Real garante a liquidez das unidades recebidas em permuta, assegurando a recuperação do capital conforme o prazo estipulado.
Além disso, a Cota Real transforma os terrenos adquiridos em ativos regulamentados pela CVM, permitindo sua negociação no mercado de capitais. Com um track record sólido de rentabilidade, suas cotas mezanino têm gerado retornos de CDI + 14%, proporcionando aos investidores uma alternativa robusta de alavancagem e segurança no mercado imobiliário.
“Não compramos apenas porque o terreno está barato, mas porque vemos um enorme potencial de valorização e já sabemos quem será o parceiro incorporador”, conta Crestani.
Tendências para os próximos anos
O mercado de terrenos está se transformando, impulsionado por três grandes forças: urbanização, ESG (Environmental, Social, and Governance) e mudanças no perfil do comprador final.A urbanização, antes centrada na expansão horizontal, agora foca na requalificação de áreas centrais e no adensamento inteligente. Além disso, os investidores e incorporadoras estão cada vez mais atentos às questões ambientais e sociais, priorizando terrenos que permitam empreendimentos sustentáveis e integrados ao ambiente urbano.
Por fim, a mudança no perfil do comprador final também tem moldado a estratégia de alocação de grandes investidores. O novo comprador urbano busca mais do que um simples apartamento; ele quer uma experiência de vida, com localização estratégica e serviços integrados.
“Agora, os terrenos são tratados como ativos estruturantes de portfólios. Eles não são mais apenas uma reserva de valor passiva, mas a base para operações de alta alavancagem e controle de risco”, explica Crestani.
Quando se trata de estruturar investimentos, os desafios regulatórios e financeiros no Brasil são apontados como um obstáculo significativo. A fragmentação das normas urbanísticas e as complexas questões jurídicas associadas a essas áreas são pontos críticos. No entanto, Crestani acredita que esses obstáculos podem ser superados com uma abordagem técnica e disciplinada.
“No Brasil, há uma carência de produtos estruturados e auditados que atendam aos padrões exigidos pelos investidores institucionais. A chave para atrair capital institucional é garantir governança e previsibilidade”, conclui.