FreepikRadar de Mercado: Fundos imobiliários batem recorde com 2,9 milhões de investidores
Paralelamente, fusões e aquisições evidenciam protagonismo do capital doméstico e grandes transações encerram o ano em ritmo acelerado
18 de dezembro de 2025Mercado Imobiliário
Escrito por:Isabella Toledo
O mercado brasileiro de fundos de investimento imobiliário (FIIs) alcançou um marco histórico em 2025, alcançando 2,9 milhões de investidores, conforme dados do Report Anual de FIIs, compilado pela B3.
De 2020 a 2025, a base de investidores cresceu 141,67%, enquanto o volume de negociações diárias registrou um aumento expressivo de 47,66%, alcançando R$ 316 milhões.
Esse crescimento foi acompanhado por uma evolução significativa no patrimônio consolidado do setor, que atingiu R$ 183 bilhões em 2025, e no número de fundos listados na B3, que superou 500 FIIs, ampliando a diversidade de estratégias, segmentos e perfis de risco disponíveis no mercado.
Esse avanço é refletido na contínua expansão de ativos, com fundos como o TRX Real Estate (TRXF11) demonstrando forte apetite por novas aquisições. Em uma série de transações recentes, o fundo somou R$ 1,2 bilhão em aquisições, ampliando sua carteira com ativos que incluem desde centros de diagnóstico em São Paulo até empreendimentos educacionais e de varejo.
Além disso, o BTG Pactual Prime Log (BTLP11) se destacou com a aquisição de cinco ativos logísticos por R$ 274,36 milhões, enquanto o RBFF11 (Rio Bravo Fundo de Fundos), que agora atua como fundo multiestratégia, ampliou seu escopo para investimentos em diversas frentes, como ativos de tijolo, crédito direto, desenvolvimento imobiliário e até companhias listadas no segmento.
De acordo com dados exclusivos da KPMG, essa retração reflete um cenário mais restritivo para investimentos, impulsionado por juros elevados, aumento nos custos de construção e uma maior seletividade dos investidores.
Das transações realizadas, 24 foram domésticas, envolvendo exclusivamente empresas brasileiras, o que evidencia o protagonismo do capital nacional, que segue dominante em um contexto de cautela internacional.
Apesar da queda, o mercado imobiliário mantém perspectivas positivas, sustentadas pela demanda por ativos de qualidade e pela recuperação gradual da confiança, como afirma Juan Diaz, sócio-líder de Real Estate da KPMG na América do Sul.
O segmento de luxo foi o que mais cresceu, representando 14,6% dos lançamentos, enquanto os segmentos econômico e Minha Casa, Minha Vida continuam a dominar, com mais de 60% dos lançamentos totais. Por outro lado, o segmento de médio padrão perdeu espaço, representando apenas 21,4% dos lançamentos.
Em Minas Gerais, o financiamento imobiliário via recursos da poupança totalizou R$ 9 bilhões entre janeiro e outubro de 2025, conforme dados da Associação Brasileira das Entidades de Crédito Imobiliário e Poupança (Abecip).
Apesar da queda de 18% em relação ao ano anterior, o número de unidades financiadas continuou expressivo, com mais de 26 mil imóveis adquiridos por meio do crédito da poupança.
O Sirena Gramado, um complexo turístico de alto padrão com R$ 1,2 bilhão em investimentos, tem a primeira fase de entrega prevista para 2027. Idealizado pelo DC Set Group e Star Ópera Incorporadora, o projeto será estruturado em torno de hotelaria, entretenimento e imobiliário, incluindo um resort Club Med, pista de ski, heliponto e residências exclusivas.
A construtora Tenda retomou os lançamentos em Curitiba, com um investimento de R$ 485 milhões para lançar 4 mil unidades nos próximos quatro anos, estimando um VGV de R$ 1 bilhão. O primeiro projeto será viabilizado em parceria com a Prefeitura.
A Larca Capital concluiu a liquidação de seu primeiro FIDC de R$ 300 milhões, dedicado a operações de crédito consignado. A operação foi estruturada e contou com a captação realizada pela GLK, enquanto a VERT atuou como administradora, gestora e custodiante.
A Morada.ai, primeira plataforma de Inteligência Artificial generativa para o mercado imobiliário, captou mais de R$ 17 milhões em uma rodada liderada pela Parceiro Ventures. A empresa, que já atende quase 200 incorporadoras em 17 estados do Brasil, expande suas operações ao incluir soluções de financiamento de imóveis em sua jornada completa de compra.
De 2020 a 2025, a base de investidores cresceu 141,67%, enquanto o volume de negociações diárias registrou um aumento expressivo de 47,66%, alcançando R$ 316 milhões.
Esse crescimento foi acompanhado por uma evolução significativa no patrimônio consolidado do setor, que atingiu R$ 183 bilhões em 2025, e no número de fundos listados na B3, que superou 500 FIIs, ampliando a diversidade de estratégias, segmentos e perfis de risco disponíveis no mercado.
Esse avanço é refletido na contínua expansão de ativos, com fundos como o TRX Real Estate (TRXF11) demonstrando forte apetite por novas aquisições. Em uma série de transações recentes, o fundo somou R$ 1,2 bilhão em aquisições, ampliando sua carteira com ativos que incluem desde centros de diagnóstico em São Paulo até empreendimentos educacionais e de varejo.
Além disso, o BTG Pactual Prime Log (BTLP11) se destacou com a aquisição de cinco ativos logísticos por R$ 274,36 milhões, enquanto o RBFF11 (Rio Bravo Fundo de Fundos), que agora atua como fundo multiestratégia, ampliou seu escopo para investimentos em diversas frentes, como ativos de tijolo, crédito direto, desenvolvimento imobiliário e até companhias listadas no segmento.
Fusões e aquisições refletem protagonismo do capital doméstico
Em 2025, o mercado imobiliário brasileiro registrou 33 operações de fusões e aquisições entre janeiro e setembro, marcando uma queda de 15,38% em comparação ao mesmo período de 2024.De acordo com dados exclusivos da KPMG, essa retração reflete um cenário mais restritivo para investimentos, impulsionado por juros elevados, aumento nos custos de construção e uma maior seletividade dos investidores.
Das transações realizadas, 24 foram domésticas, envolvendo exclusivamente empresas brasileiras, o que evidencia o protagonismo do capital nacional, que segue dominante em um contexto de cautela internacional.
Apesar da queda, o mercado imobiliário mantém perspectivas positivas, sustentadas pela demanda por ativos de qualidade e pela recuperação gradual da confiança, como afirma Juan Diaz, sócio-líder de Real Estate da KPMG na América do Sul.
Lançamentos crescem em SP, enquanto financiamentos caem em MG
O mercado imobiliário de São Paulo alcançou um novo recorde em 2025, com 150,7 mil apartamentos lançados, um aumento de 31% em relação ao ano anterior, segundo dados da consultoria Brain Inteligência Estratégica.O segmento de luxo foi o que mais cresceu, representando 14,6% dos lançamentos, enquanto os segmentos econômico e Minha Casa, Minha Vida continuam a dominar, com mais de 60% dos lançamentos totais. Por outro lado, o segmento de médio padrão perdeu espaço, representando apenas 21,4% dos lançamentos.
Em Minas Gerais, o financiamento imobiliário via recursos da poupança totalizou R$ 9 bilhões entre janeiro e outubro de 2025, conforme dados da Associação Brasileira das Entidades de Crédito Imobiliário e Poupança (Abecip).
Apesar da queda de 18% em relação ao ano anterior, o número de unidades financiadas continuou expressivo, com mais de 26 mil imóveis adquiridos por meio do crédito da poupança.
Mercado imobiliário encerra o ano em movimento constante
A imobiliária Coelho da Fonseca lançou uma nova frente de negócios ao criar, em parceria com a Orix, uma plataforma voltada ao desenvolvimento de empreendimentos de alto padrão. Com R$ 2,6 bilhões em terrenos em 105 mil m² de áreas localizadas em bairros nobres de São Paulo, o projeto tem potencial para gerar até R$ 6,5 bilhões em vendas.O Sirena Gramado, um complexo turístico de alto padrão com R$ 1,2 bilhão em investimentos, tem a primeira fase de entrega prevista para 2027. Idealizado pelo DC Set Group e Star Ópera Incorporadora, o projeto será estruturado em torno de hotelaria, entretenimento e imobiliário, incluindo um resort Club Med, pista de ski, heliponto e residências exclusivas.
A construtora Tenda retomou os lançamentos em Curitiba, com um investimento de R$ 485 milhões para lançar 4 mil unidades nos próximos quatro anos, estimando um VGV de R$ 1 bilhão. O primeiro projeto será viabilizado em parceria com a Prefeitura.
A Larca Capital concluiu a liquidação de seu primeiro FIDC de R$ 300 milhões, dedicado a operações de crédito consignado. A operação foi estruturada e contou com a captação realizada pela GLK, enquanto a VERT atuou como administradora, gestora e custodiante.
A Morada.ai, primeira plataforma de Inteligência Artificial generativa para o mercado imobiliário, captou mais de R$ 17 milhões em uma rodada liderada pela Parceiro Ventures. A empresa, que já atende quase 200 incorporadoras em 17 estados do Brasil, expande suas operações ao incluir soluções de financiamento de imóveis em sua jornada completa de compra.