Autoridades e líderes da infraestrutura debatem em Nova York

O que torna o Brasil um mercado tão atrativo para investidores globais?

1 de julho de 2025Infraestrutura
Por Belén Palkovsky

O Brasil se depara com um gap de infraestrutura estimado em cerca de US$750 bilhões para os próximos 10 anos, principalmente nos setores de rodovias e ferrovias, essenciais para o escoamento da produção agrícola, e energia, cujo principal problema está no armazenamento e na distribuição - e não tanto na geração.

Por essa razão, existe uma necessidade imperativa de combinar investimentos públicos e privados em projetos estratégicos. Órgãos públicos - poderes concedentes, autarquias e reguladores - vêm se aproximando cada vez mais dos executivos para aprimorar o marco regulatório, a estruturação dos projetos e os modelos de parceria, com a expectativa de tornar o ambiente mais atrativo aos olhos dos investidores, sejam nacionais ou internacionais. 

A economia brasileira, com previsão de crescimento em torno de 2% para 2025, apresenta sinais de estabilidade - ao contrário de outras nações da região - o que, aliado a uma ampla carteira de projetos em diversos setores e modelos, posiciona o país como um destino atrativo para grandes players do setor de infraestrutura.

Com o objetivo de reunir os líderes mais influentes do setor, autoridades públicas federais, estaduais e municipais, além de investidores de todo o mundo, o GRI Brazil Infra Summit 2025 foi realizado em maio, em Nova York. No encontro, ocorreram 12 debates multilaterais que abordaram temas-chave, como a robustez do pipeline de transportes, com as presenças do ministro Renan Filho e da secretária nacional de Rodovias, Viviane Esse, representando o Ministério dos Transportes.

Outros assuntos tratados incluíram volatilidade cambial, matrizes de riscos dos projetos, fluxos de investimentos e seus impactos no Brasil, compromissos com sustentabilidade e resiliência climática, além de inovações financeiras. Para isso, contou-se com as contribuições estratégicas da Bolsa de Valores de São Paulo (B3), do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), do Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID), além de outras entidades internacionais como o Banco Mundial e a Corporação Financeira Internacional (IFC).

Os executivos presentes obtiveram uma perspectiva atualizada e fiel sobre o panorama brasileiro, revelando novas oportunidades de investimento, avanços em políticas públicas e o fortalecimento da competitividade do Brasil como líder regional na transição energética.

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