Adobe StockRadar de Mercado: Reforma Casa Brasil pode gerar R$ 52,9 bi ao PIB, enquanto escritórios e galpões batem recordes
Estudos preveem contribuição do novo Programa, revelam a baixa vacância em escritórios de SP e mostram alto desempenho de galpões logísticos ao redor do país
24 de outubro de 2025Mercado Imobiliário
por Isabella Toledo
O programa Reforma Casa Brasil tem o potencial de adicionar R$ 52,9 bilhões ao Produto Interno Bruto (PIB) do Brasil, além de gerar um aumento na arrecadação de impostos de quase R$ 20 bilhões, segundo um estudo do Instituto Brasileiro de Economia da Fundação Getulio Vargas.
O impacto sobre o PIB da construção seria de R$ 17,7 bilhões, além do efeito indireto de R$ 35,2 bilhões - resultado do aumento da demanda por materiais de construção e promoção de mais emprego e renda no setor.
No entanto, especialistas destacam a necessidade de um acompanhamento rigoroso por parte do governo para garantir que a execução do programa atenda às expectativas, especialmente considerando as dificuldades com a mão de obra e o elevado custo de contratação de trabalhadores no setor da construção.
Governo remove LCI e debêntures da tributação no fatiamento da MP do IOF
O governo federal anunciou que, no processo de fatiamento da medida provisória do Imposto sobre Operações Financeiras (IOF), decidiu excluir da tributação as letras de crédito imobiliário (LCI) e as debêntures.
A medida reflete uma tentativa do governo de equilibrar a necessidade de aumento de arrecadação com a preservação da atratividade de instrumentos de investimento considerados estratégicos para o financiamento de setores produtivos e do mercado imobiliário.
Escritórios de alto padrão registram recorde de ocupação em SP
O mercado de escritórios corporativos de alto padrão em São Paulo registrou um desempenho excepcional no terceiro trimestre de 2025, alcançando a menor taxa de vacância da série histórica, com 12,8%.
Relatório da consultoria Cushman & Wakefield mostra que os preços de locação também apresentaram alta, atingindo R$ 142,63 por metro quadrado, um aumento de 2,5% em relação ao trimestre anterior.
Apesar de uma leve desaceleração na absorção líquida - indicador que mede a diferença entre os novos espaços ocupados e as devoluções -, o mercado continua aquecido.
As regiões de maior destaque no trimestre foram Chácara Santo Antônio, com 11,3 mil m² absorvidos, e Chucri Zaidan, com 8.854 m². A Faria Lima, que havia registrado absorção negativa anteriormente, teve uma reversão positiva com a ocupação de 3.678 m².
O estoque disponível de escritórios para locação sofreu uma queda substancial de 25,3% em relação ao início do ano, reduzindo-se para apenas 388,9 mil m², o que evidencia o forte movimento de ocupação no setor.
Galpões logísticos devem registrar recorde de locações em 2025
O mercado de galpões logísticos no Brasil está a caminho de bater recordes de locação em 2025, segundo dados da CBRE. Entre janeiro e setembro deste ano, foram locados quase 3 milhões de metros quadrados, resultando em uma queda na taxa de vacância para 7,9%.
Em São Paulo, espera-se um recorde de entregas de galpões em 2026, com 2,1 milhões de metros quadrados previstos, sendo 400 mil já pré-locados. O setor permanece aquecido, com um crescimento sustentado pela demanda de varejistas em diversos estados, incluindo Minas Gerais, Paraná e Santa Catarina.
Troca de cotas impulsiona FIIs, mas exige cautela
A estratégia de troca de cotas por imóveis tem ganhado destaque no mercado de Fundos Imobiliários (FIIs), especialmente em um cenário de juros elevados e maior seletividade no acesso ao crédito.
Essa abordagem impulsionou o volume de ofertas de FIIs, alcançando o pico de captação de 2025, com valores que ultrapassaram os R$ 13 bilhões em outubro, segundo dados do Santander.
No entanto, especialistas como Rodrigo Abbud, do Patria, alertam para os riscos dessa prática. Em conversa com o Metro Quadrado, o executivo enfatizou que a compra de imóveis com base unicamente na forma de pagamento pode levar à aquisição de ativos que, em uma análise tradicional, não seriam considerados.
A aquisição de imóveis deve ser realizada após uma avaliação minuciosa, garantindo que os ativos adquiridos estejam alinhados com os objetivos estratégicos e financeiros do fundo.
O programa Reforma Casa Brasil tem o potencial de adicionar R$ 52,9 bilhões ao Produto Interno Bruto (PIB) do Brasil, além de gerar um aumento na arrecadação de impostos de quase R$ 20 bilhões, segundo um estudo do Instituto Brasileiro de Economia da Fundação Getulio Vargas.
O impacto sobre o PIB da construção seria de R$ 17,7 bilhões, além do efeito indireto de R$ 35,2 bilhões - resultado do aumento da demanda por materiais de construção e promoção de mais emprego e renda no setor.
No entanto, especialistas destacam a necessidade de um acompanhamento rigoroso por parte do governo para garantir que a execução do programa atenda às expectativas, especialmente considerando as dificuldades com a mão de obra e o elevado custo de contratação de trabalhadores no setor da construção.
Governo remove LCI e debêntures da tributação no fatiamento da MP do IOF
O governo federal anunciou que, no processo de fatiamento da medida provisória do Imposto sobre Operações Financeiras (IOF), decidiu excluir da tributação as letras de crédito imobiliário (LCI) e as debêntures.
A medida reflete uma tentativa do governo de equilibrar a necessidade de aumento de arrecadação com a preservação da atratividade de instrumentos de investimento considerados estratégicos para o financiamento de setores produtivos e do mercado imobiliário.
Escritórios de alto padrão registram recorde de ocupação em SP
O mercado de escritórios corporativos de alto padrão em São Paulo registrou um desempenho excepcional no terceiro trimestre de 2025, alcançando a menor taxa de vacância da série histórica, com 12,8%.
Relatório da consultoria Cushman & Wakefield mostra que os preços de locação também apresentaram alta, atingindo R$ 142,63 por metro quadrado, um aumento de 2,5% em relação ao trimestre anterior.
Apesar de uma leve desaceleração na absorção líquida - indicador que mede a diferença entre os novos espaços ocupados e as devoluções -, o mercado continua aquecido.
As regiões de maior destaque no trimestre foram Chácara Santo Antônio, com 11,3 mil m² absorvidos, e Chucri Zaidan, com 8.854 m². A Faria Lima, que havia registrado absorção negativa anteriormente, teve uma reversão positiva com a ocupação de 3.678 m².
O estoque disponível de escritórios para locação sofreu uma queda substancial de 25,3% em relação ao início do ano, reduzindo-se para apenas 388,9 mil m², o que evidencia o forte movimento de ocupação no setor.
Galpões logísticos devem registrar recorde de locações em 2025
O mercado de galpões logísticos no Brasil está a caminho de bater recordes de locação em 2025, segundo dados da CBRE. Entre janeiro e setembro deste ano, foram locados quase 3 milhões de metros quadrados, resultando em uma queda na taxa de vacância para 7,9%.
Em São Paulo, espera-se um recorde de entregas de galpões em 2026, com 2,1 milhões de metros quadrados previstos, sendo 400 mil já pré-locados. O setor permanece aquecido, com um crescimento sustentado pela demanda de varejistas em diversos estados, incluindo Minas Gerais, Paraná e Santa Catarina.
Troca de cotas impulsiona FIIs, mas exige cautela
A estratégia de troca de cotas por imóveis tem ganhado destaque no mercado de Fundos Imobiliários (FIIs), especialmente em um cenário de juros elevados e maior seletividade no acesso ao crédito.
Essa abordagem impulsionou o volume de ofertas de FIIs, alcançando o pico de captação de 2025, com valores que ultrapassaram os R$ 13 bilhões em outubro, segundo dados do Santander.
No entanto, especialistas como Rodrigo Abbud, do Patria, alertam para os riscos dessa prática. Em conversa com o Metro Quadrado, o executivo enfatizou que a compra de imóveis com base unicamente na forma de pagamento pode levar à aquisição de ativos que, em uma análise tradicional, não seriam considerados.
A aquisição de imóveis deve ser realizada após uma avaliação minuciosa, garantindo que os ativos adquiridos estejam alinhados com os objetivos estratégicos e financeiros do fundo.