UnsplashRadar de Mercado: Intenção de compra de imóveis atinge maior nível desde 2020, Nordeste avança em atratividade
Em paralelo, Fortaleza lidera demanda para novos projetos, construção civil reduz projeção de crescimento e tokenização enfrenta impasse regulatório
31 de outubro de 2025Mercado Imobiliário
por Isabella Toledo
Intenção de compra de imóveis no Brasil atinge maior nível desde 2020
A intenção de compra de imóveis no Brasil alcançou 49% no segundo trimestre de 2025, o maior índice desde o início da série histórica em 2020, segundo pesquisa da consultoria Brain Inteligência Estratégica.
Quase metade da população com renda superior a R$ 2,5 mil planeja adquirir um imóvel nos próximos 24 meses, com destaque para os consumidores com ganhos acima de R$ 20 mil, onde a intenção chega a 58%.
Os principais motivos incluem mudanças de vida, como casamento e saída do aluguel (45%), busca por moradias maiores e de melhor padrão (34%) e investimento (15%).
Impasse jurídico ameaça o futuro da tokenização imobiliária
A tokenização imobiliária no Brasil enfrenta um impasse jurídico, com a Justiça Federal suspendendo a resolução que criava um sistema paralelo de registro de tokens imobiliários, o que deixou o mercado em espera.
A decisão, que acatou pedido do ONR (Operador Nacional do Sistema de Registro Eletrônico de Imóveis) contra o Cofeci (Conselho Federal de Corretores de Imóveis), aponta para o conflito entre a criação de um regime próprio de registros e a competência da União e do CNJ (Conselho Nacional de Justiça).
O token, embora represente uma fração digital de um imóvel, não substitui o registro oficial, que só pode ser feito pelos cartórios, o que gera insegurança para investidores, que correm o risco de ter um ativo digital sem correspondência no mundo real.
Especialistas alertam para os riscos jurídicos e financeiros envolvidos, como a possibilidade de transações fora do sistema oficial serem consideradas nulas ou questionadas judicialmente.
Além disso, a operação sem integração ao sistema registral oficial pode facilitar crimes financeiros, como lavagem de dinheiro e sonegação fiscal. O ONR, juntamente com o CNJ e outras entidades, busca avançar na criação de um marco regulatório único para integrar a tecnologia ao sistema de registros e à prevenção de crimes financeiros, garantindo mais transparência e segurança para os investidores.
Nordeste avança em índice de atratividade imobiliária
A nova edição do Índice de Demanda Imobiliária (IDI) - uma parceria do Ecossistema Sienge, CV CRM e Grupo Prospecta - revelou que Fortaleza superou Curitiba na liderança nacional em atratividade para novos projetos, especialmente no segmento econômico.
Esse avanço reflete não apenas o fortalecimento do programa Minha Casa Minha Vida, mas também um aquecimento real do mercado na região. Outras capitais nordestinas, como Recife e Salvador, apresentaram crescimento significativo em seus rankings, evidenciando o dinamismo do mercado imobiliário local.
Além disso, cidades como Campo Grande, no Centro-Oeste, também mostraram avanços consideráveis, indicando uma expansão do mercado imobiliário para além dos tradicionais polos econômicos de São Paulo e Rio de Janeiro.
Construção civil reduz projeção para 2025 e espera recuperação em 2026
A projeção de crescimento da construção civil para 2025 foi reduzida de 2,3% para 1,3%, refletindo o impacto dos juros elevados sobre a economia, o que tem desacelerado novos projetos e a compra de materiais de construção para reformas.
Apesar dessa revisão, a Câmara Brasileira da Indústria da Construção (CBIC) acredita que o setor ganhará fôlego novamente em 2026, impulsionado pela expectativa de cortes na Selic e novas medidas governamentais, como o programa de crédito para reformas e a liberação de recursos para financiar habitação de interesse social.
Intenção de compra de imóveis no Brasil atinge maior nível desde 2020
A intenção de compra de imóveis no Brasil alcançou 49% no segundo trimestre de 2025, o maior índice desde o início da série histórica em 2020, segundo pesquisa da consultoria Brain Inteligência Estratégica.
Quase metade da população com renda superior a R$ 2,5 mil planeja adquirir um imóvel nos próximos 24 meses, com destaque para os consumidores com ganhos acima de R$ 20 mil, onde a intenção chega a 58%.
Os principais motivos incluem mudanças de vida, como casamento e saída do aluguel (45%), busca por moradias maiores e de melhor padrão (34%) e investimento (15%).
Impasse jurídico ameaça o futuro da tokenização imobiliária
A tokenização imobiliária no Brasil enfrenta um impasse jurídico, com a Justiça Federal suspendendo a resolução que criava um sistema paralelo de registro de tokens imobiliários, o que deixou o mercado em espera.
A decisão, que acatou pedido do ONR (Operador Nacional do Sistema de Registro Eletrônico de Imóveis) contra o Cofeci (Conselho Federal de Corretores de Imóveis), aponta para o conflito entre a criação de um regime próprio de registros e a competência da União e do CNJ (Conselho Nacional de Justiça).
O token, embora represente uma fração digital de um imóvel, não substitui o registro oficial, que só pode ser feito pelos cartórios, o que gera insegurança para investidores, que correm o risco de ter um ativo digital sem correspondência no mundo real.
Especialistas alertam para os riscos jurídicos e financeiros envolvidos, como a possibilidade de transações fora do sistema oficial serem consideradas nulas ou questionadas judicialmente.
Além disso, a operação sem integração ao sistema registral oficial pode facilitar crimes financeiros, como lavagem de dinheiro e sonegação fiscal. O ONR, juntamente com o CNJ e outras entidades, busca avançar na criação de um marco regulatório único para integrar a tecnologia ao sistema de registros e à prevenção de crimes financeiros, garantindo mais transparência e segurança para os investidores.
Nordeste avança em índice de atratividade imobiliária
A nova edição do Índice de Demanda Imobiliária (IDI) - uma parceria do Ecossistema Sienge, CV CRM e Grupo Prospecta - revelou que Fortaleza superou Curitiba na liderança nacional em atratividade para novos projetos, especialmente no segmento econômico.
Esse avanço reflete não apenas o fortalecimento do programa Minha Casa Minha Vida, mas também um aquecimento real do mercado na região. Outras capitais nordestinas, como Recife e Salvador, apresentaram crescimento significativo em seus rankings, evidenciando o dinamismo do mercado imobiliário local.
Além disso, cidades como Campo Grande, no Centro-Oeste, também mostraram avanços consideráveis, indicando uma expansão do mercado imobiliário para além dos tradicionais polos econômicos de São Paulo e Rio de Janeiro.
Construção civil reduz projeção para 2025 e espera recuperação em 2026
A projeção de crescimento da construção civil para 2025 foi reduzida de 2,3% para 1,3%, refletindo o impacto dos juros elevados sobre a economia, o que tem desacelerado novos projetos e a compra de materiais de construção para reformas.
Apesar dessa revisão, a Câmara Brasileira da Indústria da Construção (CBIC) acredita que o setor ganhará fôlego novamente em 2026, impulsionado pela expectativa de cortes na Selic e novas medidas governamentais, como o programa de crédito para reformas e a liberação de recursos para financiar habitação de interesse social.