
FLG Realty aposta em regiões emergentes para expandir sua atuação
Fernando Guimarães, CEO, detalha a estratégia de expansão e adaptação às exigências do mercado logístico
2 de outubro de 2025Mercado Imobiliário
Por Isabella Toledo
A FLG Realty tem se destacado no desenvolvimento de ativos logísticos em diversas regiões do Brasil, com investimentos expressivos em Santa Catarina, onde já entregou e locou mais de 230 mil m² de galpões. Além disso, a empresa iniciou projetos na região metropolitana de Curitiba e está explorando oportunidades em Brasília e Goiânia.
Em entrevista ao GRI Institute, Fernando Guimarães, CEO da FLG, explicou a abordagem da empresa em relação aos desafios do mercado, destacando a estratégia de investir em regiões menos exploradas para tornar os empreendimentos mais viáveis e possibilitar valores de locação mais competitivos.
De olho nas tendências futuras, Fernando acredita que a integração de modelos sustentáveis e soluções construtivas flexíveis, capazes de atender a diversos segmentos, será a principal tendência no mercado de galpões logísticos nos próximos anos.
Confira os insights estratégicos do executivo na entrevista completa a seguir.
A FLG Realty tem se destacado por atuar em diversas regiões do Brasil, com investimentos expressivos recentes no Sul e Centro Oeste. Quais critérios a empresa considera ao escolher novos mercados para expansão?
A estratégia que utilizamos para buscar novos mercados e ativos está pautada em regiões de crescimento constante, que ofereçam mão de obra qualificada, boa infraestrutura logística e portuária.
Também analisamos mercados com vacância inferior a 10%, pois esse indicador demonstra demanda crescente por galpões logísticos.
Atualmente, estamos bastante focados em Santa Catarina, mas já iniciamos projetos na região metropolitana de Curitiba e estamos estudando oportunidades em Brasília e Goiânia.
Com o aumento dos custos de locação e a escassez de terrenos, quais são os principais desafios que o mercado enfrenta no desenvolvimento de novos projetos, e quais soluções estão sendo exploradas para contornar esses desafios?
Optamos por seguir na contramão do mercado. Buscamos regiões menos exploradas, com menor concorrência e maior disponibilidade de áreas, o que facilita a viabilização de empreendimentos com valores de locação mais competitivos, sem comprometer a operação dos inquilinos.
Foi assim que direcionamos investimentos para mercados antes considerados secundários, mas que vêm ganhando relevância pela localização estratégica e características locais favoráveis.
A demanda por galpões logísticos de alto padrão tem crescido, impulsionada por players globais de e-commerce. Como o mercado e a FLG estão se preparando para atender a essa demanda crescente?
O crescimento do e-commerce impulsionou fortemente a demanda, mas nosso planejamento vai além disso. Estruturamos nossos projetos para atender toda a cadeia envolvida, incluindo fornecedores e operadores logísticos que precisam estar próximos aos centros de distribuição.
Além disso, estamos bem posicionados em regiões portuárias, o que nos permite atender às operações de importação. Dessa forma, antecipamos tendências e conseguimos suprir tanto o setor de e-commerce quanto segmentos correlatos.
Com a crescente digitalização do setor logístico, como a FLG está incorporando tecnologias em seus projetos para melhorar a eficiência operacional?
Estamos incorporando diversas práticas tecnológicas em nossos projetos, especialmente no uso de BIM (Building Information Modeling) e em estudos para melhorias operacionais internas e externas.
Nosso padrão construtivo é replicável e atende às exigências da grande maioria dos segmentos, o que nos garante maior controle de custos e eficiência nos processos e gera valor agregado para os inquilinos.
A FLG tem adotado o modelo Built-to-Suit (BTS) em seus projetos. Quais são os principais benefícios desse modelo tanto para a empresa quanto para os clientes?
Nossos galpões já atendem de 80% a 85% das exigências do mercado. O modelo BTS permite personalizar projetos a partir desse padrão AAA, agregando soluções específicas de acordo com as necessidades dos clientes, como mezaninos em escritórios, cross-docking ou pisos diferenciados.
Isso garante um melhor desempenho para os ocupantes, que recebem um espaço ajustado às suas atividades e pronto para maximizar sua performance logística.
Com a crescente preocupação com a sustentabilidade e o impacto ambiental no setor, quais iniciativas alinhadas aos critérios ESG a FLG tem implementado em seus empreendimentos logísticos?
Todos os nossos galpões contam com sistemas internos de tratamento de esgoto, e a água tratada é reutilizada na irrigação, nos banheiros, vestiários, limpeza e lavagem de pátios.
Hoje, cerca de 60% dos empreendimentos já operam com energia fotovoltaica, reduzindo custos e reforçando o compromisso com fontes renováveis.
Além disso, buscamos manter o máximo possível de áreas permeáveis e de preservação ambiental no entorno dos condomínios.
Outro ponto importante é a utilização de materiais sustentáveis nos pátios, evitando derivados de petróleo e reduzindo riscos de contaminação.
Quais são as principais tendências que irão moldar o mercado de galpões logísticos nos próximos cinco anos?
O mercado brasileiro de galpões logísticos já atingiu um elevado nível de sofisticação, comparável ao de mercados globais.
Nos próximos anos, a principal tendência será a integração cada vez maior de modelos sustentáveis e soluções construtivas que permitam flexibilidade para diferentes segmentos. Apenas setores específicos, como produtos químicos ou operações refrigeradas, exigirão adaptações adicionais.
No geral, o Brasil continuará a evoluir em padrões construtivos, mantendo-se em sintonia com as demandas mais exigentes do mercado.
A FLG Realty tem se destacado no desenvolvimento de ativos logísticos em diversas regiões do Brasil, com investimentos expressivos em Santa Catarina, onde já entregou e locou mais de 230 mil m² de galpões. Além disso, a empresa iniciou projetos na região metropolitana de Curitiba e está explorando oportunidades em Brasília e Goiânia.
Em entrevista ao GRI Institute, Fernando Guimarães, CEO da FLG, explicou a abordagem da empresa em relação aos desafios do mercado, destacando a estratégia de investir em regiões menos exploradas para tornar os empreendimentos mais viáveis e possibilitar valores de locação mais competitivos.
De olho nas tendências futuras, Fernando acredita que a integração de modelos sustentáveis e soluções construtivas flexíveis, capazes de atender a diversos segmentos, será a principal tendência no mercado de galpões logísticos nos próximos anos.
Confira os insights estratégicos do executivo na entrevista completa a seguir.
A FLG Realty tem se destacado por atuar em diversas regiões do Brasil, com investimentos expressivos recentes no Sul e Centro Oeste. Quais critérios a empresa considera ao escolher novos mercados para expansão?
A estratégia que utilizamos para buscar novos mercados e ativos está pautada em regiões de crescimento constante, que ofereçam mão de obra qualificada, boa infraestrutura logística e portuária.
Também analisamos mercados com vacância inferior a 10%, pois esse indicador demonstra demanda crescente por galpões logísticos.
Atualmente, estamos bastante focados em Santa Catarina, mas já iniciamos projetos na região metropolitana de Curitiba e estamos estudando oportunidades em Brasília e Goiânia.
Com o aumento dos custos de locação e a escassez de terrenos, quais são os principais desafios que o mercado enfrenta no desenvolvimento de novos projetos, e quais soluções estão sendo exploradas para contornar esses desafios?
Optamos por seguir na contramão do mercado. Buscamos regiões menos exploradas, com menor concorrência e maior disponibilidade de áreas, o que facilita a viabilização de empreendimentos com valores de locação mais competitivos, sem comprometer a operação dos inquilinos.
Foi assim que direcionamos investimentos para mercados antes considerados secundários, mas que vêm ganhando relevância pela localização estratégica e características locais favoráveis.
A demanda por galpões logísticos de alto padrão tem crescido, impulsionada por players globais de e-commerce. Como o mercado e a FLG estão se preparando para atender a essa demanda crescente?
O crescimento do e-commerce impulsionou fortemente a demanda, mas nosso planejamento vai além disso. Estruturamos nossos projetos para atender toda a cadeia envolvida, incluindo fornecedores e operadores logísticos que precisam estar próximos aos centros de distribuição.
Além disso, estamos bem posicionados em regiões portuárias, o que nos permite atender às operações de importação. Dessa forma, antecipamos tendências e conseguimos suprir tanto o setor de e-commerce quanto segmentos correlatos.
Com a crescente digitalização do setor logístico, como a FLG está incorporando tecnologias em seus projetos para melhorar a eficiência operacional?
Estamos incorporando diversas práticas tecnológicas em nossos projetos, especialmente no uso de BIM (Building Information Modeling) e em estudos para melhorias operacionais internas e externas.
Nosso padrão construtivo é replicável e atende às exigências da grande maioria dos segmentos, o que nos garante maior controle de custos e eficiência nos processos e gera valor agregado para os inquilinos.
A FLG tem adotado o modelo Built-to-Suit (BTS) em seus projetos. Quais são os principais benefícios desse modelo tanto para a empresa quanto para os clientes?
Nossos galpões já atendem de 80% a 85% das exigências do mercado. O modelo BTS permite personalizar projetos a partir desse padrão AAA, agregando soluções específicas de acordo com as necessidades dos clientes, como mezaninos em escritórios, cross-docking ou pisos diferenciados.
Isso garante um melhor desempenho para os ocupantes, que recebem um espaço ajustado às suas atividades e pronto para maximizar sua performance logística.
Com a crescente preocupação com a sustentabilidade e o impacto ambiental no setor, quais iniciativas alinhadas aos critérios ESG a FLG tem implementado em seus empreendimentos logísticos?
Todos os nossos galpões contam com sistemas internos de tratamento de esgoto, e a água tratada é reutilizada na irrigação, nos banheiros, vestiários, limpeza e lavagem de pátios.
Hoje, cerca de 60% dos empreendimentos já operam com energia fotovoltaica, reduzindo custos e reforçando o compromisso com fontes renováveis.
Além disso, buscamos manter o máximo possível de áreas permeáveis e de preservação ambiental no entorno dos condomínios.
Outro ponto importante é a utilização de materiais sustentáveis nos pátios, evitando derivados de petróleo e reduzindo riscos de contaminação.
Quais são as principais tendências que irão moldar o mercado de galpões logísticos nos próximos cinco anos?
O mercado brasileiro de galpões logísticos já atingiu um elevado nível de sofisticação, comparável ao de mercados globais.
Nos próximos anos, a principal tendência será a integração cada vez maior de modelos sustentáveis e soluções construtivas que permitam flexibilidade para diferentes segmentos. Apenas setores específicos, como produtos químicos ou operações refrigeradas, exigirão adaptações adicionais.
No geral, o Brasil continuará a evoluir em padrões construtivos, mantendo-se em sintonia com as demandas mais exigentes do mercado.