FreepikA força da experiência na valorização dos ativos corporativos
JLL Brasil comenta conceito de Experience Management, que combina ativações temporárias e amenities permanentes para atrair, reter e fidelizar inquilinos
4 de dezembro de 2025Mercado Imobiliário
Escrito por:Murillo Azevedo
Principais Insights
- A experiência dos ocupantes nos escritórios está se tornando um fator crucial para os investidores, superando aspectos tradicionais como localização e infraestrutura.
- O conceito de Experience Management (XM), abordado pela JLL, foca na criação de um ambiente dinâmico, que combina ativações temporárias (eventos, bem-estar) com facilidades permanentes (cafés, bicicletários, áreas de lazer).
- Embora quantificar o impacto direto ainda seja desafiador, a pesquisa global demonstra que os ocupantes estão dispostos a pagar mais por experiências de alta qualidade.
O mercado corporativo já está discutindo o papel dos escritórios com mais profundidade. O avanço do trabalho híbrido, a retomada do presencial e a disputa por talentos fizeram com que a experiência dos ocupantes ganhasse espaço na pauta dos investidores.
Hoje, já não basta ter uma boa localização ou um sistema de ar-condicionado eficiente. O que diferencia um ativo é o que acontece dentro dele - e o que ele faz as pessoas sentirem.
Há quem ainda enxergue o investimento em experiência como um custo adicional, mas o tempo tem mostrado o contrário. Quando um prédio oferece facilidades, serviços e um ambiente agradável, o resultado aparece nas métricas que realmente importam: ocupação mais rápida, renovação de contratos e capacidade de cobrar um aluguel premium.
Essa é a lógica do Experience Management (XM), conceito abordado pela JLL no relatório Global Experience Matters 2025. A estratégia transforma o espaço em uma plataforma viva de relacionamento e conveniência - o tipo de investimento que melhora o retorno do ativo porque atrai, retém e fideliza.
O modelo reúne duas frentes complementares. A primeira cuida da experiência, criando ativações que aproximam as pessoas - aulas, eventos, feiras, ações de bem-estar. A segunda foca nas facilidades permanentes, como cafés, minimercados, áreas esportivas, helipontos, bicicletários e serviços que simplificam o dia a dia.
O diferencial está na curadoria. Não existe uma fórmula universal - cada edifício pede um desenho próprio, pensado para o perfil dos inquilinos e a vocação do ativo. Personalizar é o que impede o serviço de virar commodity e faz o prédio ganhar relevância.
De acordo com o relatório, os fatores de experiência estão diretamente ligados à valorização de ativos. A pesquisa global, que ouviu mais de 12 mil pessoas em 19 mercados e 64 cidades, mostra que 74% dos entrevistados esperam que suas cidades ofereçam novas experiências para se manterem relevantes e 69% afirmam estar dispostos a pagar mais por experiências de alta qualidade.
Esses indicadores reforçam que o investimento em vivência, conveniência e bem-estar não é apenas um diferencial, mas uma vantagem competitiva clara.
Gerar experiência não exige grandes reformas nem orçamentos robustos - às vezes, um gesto simples muda a dinâmica do prédio. Uma aula de yoga no heliponto, uma feira temática no térreo, um evento de integração entre empresas do condomínio. Aqui, a consistência e o entendimento claro do público alvo do ativo são fatores críticos para o sucesso.
Quantificar o impacto direto no retorno sobre o investimento ainda é um desafio, mas o próprio relatório aponta caminhos para tangibilizar esse valor - como pesquisas de intenção, análise de vacância antes e depois das ativações e tempo de locação de novas áreas.
A pergunta que os proprietários devem fazer é simples: quanto mais rápido eu alugaria um andar se o prédio tivesse uma área de convivência ativa? Quanto a mais poderia cobrar? Quando o exercício muda de “quanto custa” para “quanto retorna”, a decisão passa a fazer sentido econômico.
O setor de retail já entendeu o poder da experiência. Agora é a vez do corporativo. Em poucos anos, amenities e ações de XM devem estar tão incorporadas aos contratos quanto o estacionamento ou a limpeza - itens que pesam na escolha e, cada vez mais, no valor de mercado.
Investir em XM é mais do que criar momentos agradáveis, é proteger e ampliar o valor do ativo. É um caminho que une percepção e resultado, emoção e retorno. Quem enxerga isso cedo transforma o prédio em algo maior do que espaço. Transforma em um destino onde as pessoas “queiram” estar e não “tenham” que estar.
Hoje, já não basta ter uma boa localização ou um sistema de ar-condicionado eficiente. O que diferencia um ativo é o que acontece dentro dele - e o que ele faz as pessoas sentirem.
Há quem ainda enxergue o investimento em experiência como um custo adicional, mas o tempo tem mostrado o contrário. Quando um prédio oferece facilidades, serviços e um ambiente agradável, o resultado aparece nas métricas que realmente importam: ocupação mais rápida, renovação de contratos e capacidade de cobrar um aluguel premium.
Essa é a lógica do Experience Management (XM), conceito abordado pela JLL no relatório Global Experience Matters 2025. A estratégia transforma o espaço em uma plataforma viva de relacionamento e conveniência - o tipo de investimento que melhora o retorno do ativo porque atrai, retém e fideliza.
O modelo reúne duas frentes complementares. A primeira cuida da experiência, criando ativações que aproximam as pessoas - aulas, eventos, feiras, ações de bem-estar. A segunda foca nas facilidades permanentes, como cafés, minimercados, áreas esportivas, helipontos, bicicletários e serviços que simplificam o dia a dia.
O diferencial está na curadoria. Não existe uma fórmula universal - cada edifício pede um desenho próprio, pensado para o perfil dos inquilinos e a vocação do ativo. Personalizar é o que impede o serviço de virar commodity e faz o prédio ganhar relevância.
De acordo com o relatório, os fatores de experiência estão diretamente ligados à valorização de ativos. A pesquisa global, que ouviu mais de 12 mil pessoas em 19 mercados e 64 cidades, mostra que 74% dos entrevistados esperam que suas cidades ofereçam novas experiências para se manterem relevantes e 69% afirmam estar dispostos a pagar mais por experiências de alta qualidade.
Esses indicadores reforçam que o investimento em vivência, conveniência e bem-estar não é apenas um diferencial, mas uma vantagem competitiva clara.
Gerar experiência não exige grandes reformas nem orçamentos robustos - às vezes, um gesto simples muda a dinâmica do prédio. Uma aula de yoga no heliponto, uma feira temática no térreo, um evento de integração entre empresas do condomínio. Aqui, a consistência e o entendimento claro do público alvo do ativo são fatores críticos para o sucesso.
Quantificar o impacto direto no retorno sobre o investimento ainda é um desafio, mas o próprio relatório aponta caminhos para tangibilizar esse valor - como pesquisas de intenção, análise de vacância antes e depois das ativações e tempo de locação de novas áreas.
A pergunta que os proprietários devem fazer é simples: quanto mais rápido eu alugaria um andar se o prédio tivesse uma área de convivência ativa? Quanto a mais poderia cobrar? Quando o exercício muda de “quanto custa” para “quanto retorna”, a decisão passa a fazer sentido econômico.
O setor de retail já entendeu o poder da experiência. Agora é a vez do corporativo. Em poucos anos, amenities e ações de XM devem estar tão incorporadas aos contratos quanto o estacionamento ou a limpeza - itens que pesam na escolha e, cada vez mais, no valor de mercado.
Investir em XM é mais do que criar momentos agradáveis, é proteger e ampliar o valor do ativo. É um caminho que une percepção e resultado, emoção e retorno. Quem enxerga isso cedo transforma o prédio em algo maior do que espaço. Transforma em um destino onde as pessoas “queiram” estar e não “tenham” que estar.