GRI InstituteJuros e eleições são maiores desafios para o setor imobiliário em 2026
Levantamento exclusivo com líderes do setor indica expectativas; veja resultados e análises
14 de novembro de 2025Mercado Imobiliário
Escrito por:Henrique Cisman
Principais Insights
- A continuidade de juros elevados é vista como o maior risco macroeconômico, com 50% dos líderes do setor apontando essa questão como a mais preocupante.
- 62% dos executivos acreditam que as eleições gerarão incertezas e poderão congelar novos investimentos imobiliários.
- A estrutura de financiamento do mercado imobiliário deve passar por mudanças, com maior ênfase no mercado de capitais.
- A digitalização e a transição energética estão sendo vistas como tendências globais com potencial para criar novas oportunidades para o setor.
A cada dez executivos de liderança no mercado imobiliário, metade aponta que a continuidade de juros elevados é o maior risco macroeconômico para o setor em 2026. É o que aponta levantamento exclusivo do GRI Institute realizado na 16ª edição do Brazil GRI, em São Paulo, com a presença de mais de 300 tomadores de decisão com investimentos em todo o país nas mais diversas classes de ativos.
Apesar do predomínio da taxa de juros como o fator mais preocupante, o risco fiscal é apontado por 32% dos participantes, dado que a crise nas contas públicas pode afetar o crédito de longo prazo, especialmente no subsídio do programa Minha Casa, Minha Vida - motor do mercado imobiliário residencial nos últimos dois anos.
Em relação à Selic, a maioria dos participantes (61%) crê que no final do próximo ano a taxa estará em uma banda que varia entre 12-14%. Um em cada cinco executivos, porém, enxerga que ela ainda estará acima de 14%, ou seja, mais próxima do cenário atual (15% a.a.). Somente 1% confia em cortes mais agressivos, trazendo a Selic para abaixo de 10% ao ano.
As eleições serão um fator extra de cautela: 62% avaliam que o processo eleitoral vai gerar incerteza adicional, congelando novos investimentos imobiliários. Neste sentido, 14% assinalam que o principal impacto das eleições será o aumento da demanda por ativos core como proteção (hedge). Dentre as opções disponíveis no levantamento, a menos votada (11%) indica uma aceleração dos investimentos no período pré-eleitoral.
Quando perguntados sobre as expectativas para lançamentos ou novos investimentos de suas respectivas empresas em 2026, 41% dizem que o volume provavelmente será similar ao do ano corrente, enquanto 29% visam aumentar os negócios moderadamente. Nota-se que os extremos (aumento expressivo ou redução de investimentos) são menos prováveis.
A CEO de uma incorporadora focada no segmento residencial econômico afirma que "o olhar para 2026 é otimista, mas será um ano de maior cautela no lançamento de projetos".
Por outro lado, a digitalização e a transição energética são tendências globais que podem trazer novas oportunidades para o setor imobiliário e a infraestrutura brasileiros, segundo o líder das operações de uma grande gestora global no Brasil.
A estrutura de financiamento deve continuar mudando, com maior protagonismo do mercado de capitais em detrimento de um modelo de poupança "que não é sustentável", segundo as palavras de um economista presente.
Confira um relatório completo, em breve, com mais insights e dados extraídos no Brazil GRI 2025.
Apesar do predomínio da taxa de juros como o fator mais preocupante, o risco fiscal é apontado por 32% dos participantes, dado que a crise nas contas públicas pode afetar o crédito de longo prazo, especialmente no subsídio do programa Minha Casa, Minha Vida - motor do mercado imobiliário residencial nos últimos dois anos.
Em relação à Selic, a maioria dos participantes (61%) crê que no final do próximo ano a taxa estará em uma banda que varia entre 12-14%. Um em cada cinco executivos, porém, enxerga que ela ainda estará acima de 14%, ou seja, mais próxima do cenário atual (15% a.a.). Somente 1% confia em cortes mais agressivos, trazendo a Selic para abaixo de 10% ao ano.
As eleições serão um fator extra de cautela: 62% avaliam que o processo eleitoral vai gerar incerteza adicional, congelando novos investimentos imobiliários. Neste sentido, 14% assinalam que o principal impacto das eleições será o aumento da demanda por ativos core como proteção (hedge). Dentre as opções disponíveis no levantamento, a menos votada (11%) indica uma aceleração dos investimentos no período pré-eleitoral.
Quando perguntados sobre as expectativas para lançamentos ou novos investimentos de suas respectivas empresas em 2026, 41% dizem que o volume provavelmente será similar ao do ano corrente, enquanto 29% visam aumentar os negócios moderadamente. Nota-se que os extremos (aumento expressivo ou redução de investimentos) são menos prováveis.
A CEO de uma incorporadora focada no segmento residencial econômico afirma que "o olhar para 2026 é otimista, mas será um ano de maior cautela no lançamento de projetos".
Fiscal em cheque, digitalização em alta e nova estrutura de funding imobiliário
A questão fiscal é vista como um dos maiores obstáculos para o Brasil nos próximos anos. A pressão para equilibrar as contas públicas, somada ao envelhecimento da população e à necessidade de subsídios, pode comprometer a capacidade do governo de sustentar o crescimento econômico, segundo o CEO de um banco presente.Por outro lado, a digitalização e a transição energética são tendências globais que podem trazer novas oportunidades para o setor imobiliário e a infraestrutura brasileiros, segundo o líder das operações de uma grande gestora global no Brasil.
A estrutura de financiamento deve continuar mudando, com maior protagonismo do mercado de capitais em detrimento de um modelo de poupança "que não é sustentável", segundo as palavras de um economista presente.
Confira um relatório completo, em breve, com mais insights e dados extraídos no Brazil GRI 2025.